segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Casa de areia

líquido bendito que vertiginia
perco minha voz neste
sereno ao som do mar
no quebrar da noite
eu até pensei em ir pra casa
mas, sozinho mudei de idéia
casa, pra que casa?
tenho o mar, o céu e as estrelas
eu tenho teto, chão e sonhos
sonhos...
Combustível para uma vida moderna,
abastada, cheia de dentes
vida de merda, liquido maldito,
que desvirtua e paralisa.
de novo maldito
o meu pobre corpo sempre
há protestar no outro dia
mas minha alma porém
proclama a paz e o alívio
e então continuo na esquina, inerte
até que chegue algum conhecido
iludido...
em soluços de arrependimento
me recordo de quando ainda
era a tardezinha, e eu
poderia ter ido pra casa
casa,mas pra que casa?
se eu estou sentado no
meio-fio de uma rua que
tem nome de poeta, diplomata
e tudo mais...
talvez seja eu sobre tempo
pra ficar nobre como ele
talvez viva eu tempo ainda
ou desperdice tudo
a tempo

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