domingo, 9 de novembro de 2014

Em meu próximo ato.


Estou farto 
deste contato
imediato

Vou banir me
dos telefones e 
computadores

Quero cartas
com cheiro de
papel mofado

Quero letras
tremidas e com 
sentimento de 

fato

domingo, 12 de outubro de 2014

Pois é

Tenho a mania boba
de falar uma coisa
para dizer outra

De usar uma coisa
para fazer outra

"E eu sei que você sabe
Quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você"


domingo, 21 de setembro de 2014

Vale um sorriso


Era maio
Marcamos de nos ver

Nos encontramos em junho
Ócio dos cupidos
Sempre procrastinando

Palmas para internet
Realizando encontros
Amarrando laços

Sem querer
Eu te quis
Muito
Palmas para internet
Realizando o acaso
Exterminando a solidão

Alguém aí

Pode explicar o que é o acaso?
Eu também não
Realizando o acaso
Fomos contaminados
Em pleno dia de solidão
Inimaginável


Quase perfeito. Eu poderia terminar mesmo assim, mas ainda escolho a imperfeição.



segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Se ainda puderes



Não te lembras?

É que tu não te lembras mais
de tua sina nem da tua vocação

Volte atrás um ano por mês
E refaça o trajeto da recordação



terça-feira, 22 de julho de 2014

Supra Sumo


Sua sina
nordestina

Até o anjo
que assassina

Sua gene
procrastina

Sua sorte
Suassuna

Ariano
Determina

domingo, 6 de julho de 2014

Faço Votos


E sobre nós
nenhuma pedra
ei de pôr

Sobre nós
nenhuma palavra
se quer

Que sobre a nós
os cordões que
desatamos

Que nos sobre nós 

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Desenhante, Diburrante, Riscadeiro


Ora, 

Se eu posso inventar casas, 
palavras também ei de criar.

Cogito elaborar,
pois,

de mim, sei, não concebo nada,

pego tudo do ar.

Eu traço uma casa, para que,
depois venham os outros

e a convertam em um 
lar.


De verdade



E você,

o que espera da realidade?

Nesta idade,

qual é a sua gravidade?

O que te impede de

voar?

segunda-feira, 2 de junho de 2014

“O Brilho da Lua”

Local: Goiânia – GO.
Data:               14 de Fevereiro de 2014.
Origem:          Extraído de uma Prova de Redação
Tema:             Criação da Lua
Gênero:          Lenda Narrativa

“O Brilho da Lua”
Autor: Anônimo - Idade: 12 Anos

Em uma lanchonete, existia um funcionário chamado Vicenzo. Ele inventara uma formula para fazer o maior queijo que o mundo já havia visto! Porem, ele não tinha um lugar grande o bastante para mostra-lo ao mundo.
Um dia, ele pediu a um mecânico que criasse um “soprador de ar”, para que ele pudesse mostra-la em grande estilo...
Logo a maquina ficou pronta, e então, ele fizera uma grande festa para surpreender todos com o grande espetáculo. Quando estava pronto, “puseram o queijo gigante pra voar”. Mas, na mesma hora, um marceneiro passou com um pedaço de madeira e um punhado de purpurina feitos sob medida para alguma coisa do tamanho da invenção, bem perto da maquina, que soprou tudo para os ares. O pedaço de madeira grudou em um lado do queijo e a purpurina no outro lado, deixando um lado escuro e o outro brilhante!
Vicenzo tentara consertar o erro, mas já era tarde de mais. O queijo já estava em gravidade zero e não podia mais voltar.
Depois de alguns anos, o inventor se casara com uma mulher chamada Luana e assim batizou sua invenção de Lua.

Ainda hoje conseguimos ver a Lua em seus quatro ângulos, iluminando e embelezando o céu todas as noites!

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Urro

Meu porta coisas
cuca
                juro
brinquei com o
futuro

       flutuo

Meu porta malas
fusca
                 muro
dancei,  ouvi um
sussurro

         pairo


quarta-feira, 14 de maio de 2014

O coração de João


O João de barro solitário
construiu pra sí só um ninho 
intransponível 

Covarde que foi
ficou do lado fora
vigilante, imponente

Em seu ninho inviolável
acabado e inabitável


sexta-feira, 9 de maio de 2014

ex-crita



ex-tado
ex-plicação
ex-umação
ex-clamação
ex-timação
ex-tinção
ex-citação

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Hiperbolizo te



Eu nunca quis velejar,

                                        vôo.

Inibido que sou,
não aprendi gracejar.


                                  hipoetizo te.


quinta-feira, 3 de abril de 2014

Sobretudo,

O coração é solidário
desde 1987 me fazendo
de otário.

Seu traíra, ocupe se
apenas em bater

no meu peito.




domingo, 30 de março de 2014

Ao sair de órbita



Fiz um último poema
para dizer a todos
que perdi a poética
e que a realidade
me corroí

E a culpa é toda minha
hoje eu sou apenas
osso e carne



quinta-feira, 6 de março de 2014

Tempo buh!



estranhíssima a sensação que tenho ao olhar para um retrato,
por um momento congelado, e de duvidar que aquilo existiu.

porque em foto ninguém se parece consigo mesmo,
e fotografia só existe por causa da saudade.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Quem saberá?



Vamos deixar o de ontem para hoje.
E o de hoje, vamos deixar para amanhã.

Quem sabe assim eu prolongo ainda mais
o meu tempo de     v  o  c  ê   .

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Religiosamente

toda nua
ela
 

       flutua


em minha mente


religiosamente ela
mente e aterriza
novamente

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Não é mesmo?

O bom é agente junto.
Odeio a gente separado.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

De amor

era amor que não cabia no peito
nem em frase de efeito
não sabia direito
eramos nós

erramos nós
não sabia direito
nem por frase de efeito
que o amor não sabia escolher

era um ar dor que mandava na gente

e eu vivia doente 

pedindo a deus pra morrer